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Sabes como vencer a procrastinação, Gervásio?

Caso você esteja interessado neste texto, mas vai deixar para depois, sinto informar mas você é um procrastinador.

Carta n.º 4
Sabes como vencer a procrastinação, Gervásio?

Olá Umbigo,
Escrevo-te porque não sei bem o que fazer. A verdade é que estou
aflito, tanto, que decidi voltar a escrever-te, imagina… Tenho de apresentar
um relatório de 5 páginas na segunda-feira e, como sabes, já só
me restam 3 dias. Suspeito que não vou conseguir e as consequências
serão trágicas.
As indicações da professora foram mínimas. Para dificultar ainda
mais a minha vida, o tema sugerido é vago e vastíssimo. Nem sei por
onde começar. Sim, sim. Eu sei, que devia ter pensado antes, mas por
muito que não acredites, eu tentei; simplesmente acho que não sou feito
para escrever relatórios.
– Caríssimo, tenho-me abstido de interromper os teus dislates molhados,
os teus queixumes típicos de avestruz de cabeça enterrada e até
as tuas piadinhas insossas, mas não me posso conter mais…
– Umbigo???!!!
– Claro, quem querias que te respondesse, o teu rim?
– Bem, se tu o dizes…
– Eu percebo a tua estranheza e o teu desconforto, mas enquanto
continuares a choramingar, não vamos a lado algum. Como sabes “as verdades
que menos gostamos de ouvir são as que mais falta nos fazem”,
por isso, desculpa, mas não te vou poupar. Estou preocupado contigo e,
como “quem não alimenta o cão, alimenta o ladrão”, aqui vai a primeira
regra de qualquer estudante, sobretudo de um universitário: precisas de
assumir com verticalidade a responsabilidade pelo teu comportamento
académico.
– Isso tem tradução em português?
– Engraçadinho… Claro que podes não ter sempre os melhores
professores, nem as melhores condições para estudar. Este curso pode
não ter sido a tua primeira escolha, a vida pode não ser muito fácil, mas
se continuares a responsabilizar os docentes pelos teus insucessos, os
condutores dos autocarros pelos teus sucessivos atrasos, o meridiano de
Greenwich pelos problemas recorrentes do teu despertador, a insuficiente
dieta em batata-doce pela tua desatenção crónica… vamos passar sempre
ao lado dos problemas.
– Bem, não sei bem qual é o mal, mas enfim, se tu o dizes…
– Atribuir sempre as causas de tudo o que não te corre bem a
alguém ou a alguma coisa pode fazer bem ao teu ego palaciano, mas
atrasa a resolução dos problemas. Tiveste má nota na frequência porque
“não nasci para aprender Chinês”; porque “o professor de Chinês adormece
nas próprias aulas”; porque “ninguém consegue ler aqueles livros
de texto, nem os próprios chineses”; porque “os livros chineses estão
escritos em Chinês e são… Chinês”; porque…
Talvez, pelo menos uma vez, o que te acontece seja consequência
do teu comportamento, da tua desorganização, do teu baixo empenho?…
Talvez algo possa mudar se assumires a responsabilidade pelo
teu agir… Não te parece?
– O que é que queres que faça?! Nem sempre me apetece estudar.
– Nem sempre te apetece estudar, Gervásio?! Bem-vindo ao mundo
dos mortais. A questão é que estudar é como tudo o resto na vida; nem
sempre queremos fazer aquilo que devemos. O desafio está na capacidade
de mobilizarmos a vontade no sentido do dever. Seria absurdo que
um condutor de um autocarro a abarrotar o abandonasse no meio de
uma avenida para comprar uns queijos na mercearia do Sr. José, não te
parece?!…
– Sim, sim, já entendi a mensagem, mas agora estou mais preocupado
em acabar este trabalho. Sobre tudo o resto tenho tempo para
pensar depois.
– Esse é o problema. Vives sempre a tentar remendar as imensas
trapalhadas da tua vida sem parar para reflectir sobre o teu agir. “Enquanto
não for amanhã, desconheceremos os benefícios do presente.” Quem
dera que este velho adágio popular te fizesse algum sentido, que despertasse
alguns dos teus neurónios entorpecidos. O que te acontece hoje foi
escrito ontem. Entendes? Se perderes mais esta oportunidade de tentar
perceber porque é que o caos insiste em ocupar tanto espaço na tua vida,
perdes o foco.
– O que posso fazer?
– “O vazio de um dia perdido nunca será preenchido”, por isso é
importante reflectires bem sobre o aproveitamento do tempo. Dizem os
entendidos que a gestão do tempo é um dos factores mais importantes
no sucesso escolar dos alunos universitários.
– O quê, tipo fazer horários?
– Organização, isso é o que é necessário. Mas ser organizado não é
necessariamente sinónimo de pendurar um horário no frigorífico ou de
espalhar post-it de cores e tamanhos diversos por todo o lado, até na
torradeira. “Um dia vale por três para quem faz as coisas a tempo.”
– Umbigo, o que é que tens hoje, engoliste algum livro de ditados
populares? E não tiveste nenhuma indigestão?
– …
– Desculpa. Um destes dias lá na Universidade ouvi falar da importância
da gestão de tempo, das listas CAF (listas de Coisas a Fazer) e da
necessidade de priorizar as actividades para aumentar a eficácia e diminuir
o desperdício de tempo, mas não lhes dei grande atenção…
– Sim, Gervásio, essa é mais uma das estratégias de gestão do
tempo. É fundamental sabermos o que temos de fazer para podermos
organizar e priorizar as nossas actividades. Para simplificar, digo-te que
as tarefas mais complexas devem ser divididas nas suas componentes;
qualquer bife pode ser comido inteiro, mas parti-lo em pequenos pedaços
facilita a mastigação, sobretudo se a carne conseguir entortar a faca.
– Ok, ok, deixa-te de sermões, e agora, o que é que faço com este
trabalho?
– Antes de atacares a tarefa deves estabelecer um plano, e dividir
esse objectivo geral e distante em objectivos mais próximos. Estabelecer o
tema, datas para atingir cada etapa, recolher informação, procurar a ajuda
de colegas, de professores, realizar o primeiro rascunho e prever tempo
para rever e corrigir. Para realizares todas estas tarefas é necessário organizar
o local de estudo, arrumar a imensa pilha de papéis que ameaça
soterrar-te, tentar controlar um pouco os distractores de estimação…
– Hum?!
– Recorda que os distractores podem ser internos, tais como a preocupação
exagerada, a imaginação desenfreada, o sonhar acordado, o
aborrecimento… ou externos, tais como os barulhos intensos, a desarrumação,
a desordem do material de estudo, o frio…
– Sim, sim, somos íntimos; mas para os controlar o que é que devo
fazer?
– Em primeiro lugar, Gervásio, podes estabelecer objectivos que
sejam concretos e realistas, mas desafiadores. Objectivos que dirijam os
teus esforços para a tarefa. Depois deves gerir o tempo de modo a conseguires
realizar a tarefa sem pressas nem atabalhoamentos. Organização
é o apelido do sucesso.
– Eu tento estudar, o problema é que adio sucessivamente essa boa
intenção. As saídas até tarde com os amigos, as conversas intermináveis
na Net, as voltas em casa sem destino… Às vezes tento estudar, mas os
olhos resvalam sem fixar as palavras… A vontade já não é muita e, com
frequência, deixo o trabalho para depois…
– Procrastinação!
– Também não é preciso insultar, Umbigo.
– Gervásio, Gervásio! Procrastinar significa o adiamento sucessivo
das tarefas. Podemos evitar as tarefas porque suspeitamos que podemos
falhar, porque somos perfeccionistas e nunca estamos satisfeitos com o
que fazemos, por falta de hábitos de trabalho, por desorganização, porque,
porque, porque…
– Umbigo, Umbigo, nem pareces tu. Há que dar tempo ao tempo.
A propósito de ditados, relembro-te o velho adágio que repetes até à
náusea: “Calma! Com o tempo, a erva torna-se leite” ou ainda aquele
outro “Roma e Pavia não se fizeram num dia.” O que é que pensas deste
meu contra-ataque cirúrgico?
– Vou ignorar a provocação. Sabes como vencer a procrastinação,
Gervásio?
– Não, mas suspeito que me vais dizer…
– Estabelecendo metas de curto prazo, monitorizando a realização
das tarefas intermédias, escolhendo as alturas mais favoráveis do dia
para trabalhar, dando-te alguma pequena recompensa, modificando algumas
condições do local de estudo para o tornar mais agradável ou mais
sóbrio… Enfim, trabalhando em pequenas etapas de cada vez e domando
a força de vontade. Por exemplo, é óbvio que não devias estudar deitado
na cama, o nível de concentração que alcanças é demasiado profundo.
Não sei se me entendes?
– Para ser sincero, não muito bem…
– Nem sei porque faço estas perguntas… Também é importante
que não te esqueças que “uma só fenda pode afogar o barco”, por isso
cuida cada pormenor pois todos são importantes. A intimidade com
a tarefa é um dos principais factores de motivação para a realização.
As grandes amizades não se fazem à primeira vista, mas depois de
muito conhecer-se. O julgamento impulsivo tipo “acho que não gosto”,
ou o seu contrário, são superficiais. Quantos livros interessantíssimos
teriam ficado por ler se os leitores não resistissem à aridez das primeiras
páginas? Conheço mais, gosto mais, invisto mais, domino mais, gosto
cada vez mais…
Resumindo, penso que relativamente a este trabalho concreto é importante
definir o tema o mais exactamente possível; mas também o seu
propósito final: um resumo?, uma crítica?, um relatório? A extensão
pretendida: é diferente escrever um trabalho de 3 ou de 20 páginas; e
por último, as indicações específicas: tipo de letra, espaçamento, datas
de entrega, local…
É como te digo, Gervásio, neste relatório deves fazer o mesmo que
no teu estudo pessoal. Para cada tarefa há sempre um antes, um durante
e um depois, que é o mesmo que dizer: planificar, executar e avaliar.
Qual o tema, onde e quando recolher as informações relevantes, quais as
ideias-chave a incluir… Planificar o que vais fazer, como o vais fazer,
qual o timing, de que recursos dispões…
– Bem, neste momento estou um pouco nas lonas, mas…
– Enfim, adiante… Depois há que enfrentar a tarefa, combater os
distractores, centrar-te no trabalho, recolher e organizar a informação na
biblioteca, tomar notas, e escrever o primeiro rascunho. Por fim, rever o
trabalho. Corrigir os erros ortográficos, agilizar as ligações entre as
ideias, verificar a presença de todas as ideias-chave planeadas…
– Apesar de algo enjoativo, parece fácil, o pior é que…
– Gervásio, tens de acreditar que és capaz. Não estás sozinho. Afinal,
não é todos os dias que encontras o apoio de um Umbigo assim…
– Claro, como é que não tinha pensado nisso… Hã! Hã! Hã! Ainda
bem que me avisaste, já me sinto muito melhor. Bem, tenho mas é de
aumentar a minha dose de medicamentos e rapidamente.
Apesar de tudo, um abraço sem ressentimentos,
G.
P. S. Retive dois conselhos que me fizeram especial sentido. O primeiro:
“Escreve, mesmo que o primeiro resultado seja um desastre.
O importante é começar, só depois burilar.” Pelos vistos os textos nunca
saem bem à primeira, e é mais fácil trabalhar e melhorar um texto concreto.
Faz sentido.
O segundo: “Não abandones um texto num ponto final. No dia seguinte,
quando voltares a pegar no trabalho, vais ser assediado pela
síndrome da folha em branco, ficando paralisado sem saber como continuar.
Interrompe o trabalho sem terminar a ideia. No reinício, o completamento
da ideia será o aquecimento do trabalho de escrita seguinte.”
Deve ser verdade, mas tenho de experimentar.

Fonte:     COMPROMETER-SE COM O ESTUDAR NA UNIVERSIDADE:
“CARTAS DO GERVÁSIO AO SEU UMBIGO”

AUTORES
PEDRO ROSÁRIO • JOSÉ CARLOS NÚÑEZ
JÚLIO ANTÓNIO GONZÁLEZ-PIENDA

 

@giselecgs

Idiotas motivados:cuidado!

De Ricardo Coimbra

Via Allan Sieber

@giselecgs

Segue assim…que você vai longe.

E lamentou…

Will Tirando

@giselecgs

Os perigos da obediência – Stanley Milgram

Um dos primeiros voluntários do experimento de Milgram

O experimento do psicólogo Stanley Milgram realizado em 1961, causou polêmica e trouxe um alerta: maldades não necessitam de demônios…o psicólogo afirmou:
“A obediência consiste em que a pessoa passa a se ver como instrumento para realizar os desejos de outra e, portanto, não mais se considera responsável por seus atos. Uma vez ocorrida essa mudança essencial de ponto de vista, seguem-se todas as consequências da obediência”.

Pessoas comuns em atos atrozes: experimento de Milgram faz 50 anos


Capinaremos

Leia mais sobre a experiência aqui:Os Perigos da Obediência

@giselecgs

 

Receita para Saúde Mental

Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.

Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meirelles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittegenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meirelles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem única, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de políticos que tivessem depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra denomina-se software “equipamento macio”. Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.

O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam guardados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos de hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.

Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos e somente símbolos podem entrar dentro dele. Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que seguirem a risca, “saúde mental” até o fim de seus dias.

Opte por um software modesto. Evite coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranqüiliza-se, há uma vasta literatura em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?

Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre as mesmas coisas com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Sílvio Santos e do Gugu Liberato.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.

Mas, como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá esquecido de como eles eram…

Rubem Alves

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Cegueira

Para ficar esperto nessa segunda-feira de chuva…

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O que é ética?

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No confessionário…

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Bônus: Absolvição Portátil na Revista Piauí

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TOC não é para todos

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"Um simples cérebro, sendo bem mais longo do que o céu, pode acomodar confortavelmente o intelecto de um homem de bem e o resto do mundo, lado a lado." Emily Dickinson
"Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos." Nelson Rodrigues
"Cada um pense o quiser e diga o que pensa" Espinosa
"O animal satisfeito dorme" Guimarães Rosa